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TEPT em populações carentes

Há alguns dias tem circulado na internet uma nota acerca de uma das mães dos meninos que foram fuzilados dentro de um carro pela PM. De acordo com ela, em uma depressão grave, Adriana Pires da Silva foi contida mais uma vez, pelos vizinhos, em uma tentativa de suicídio. Um evento estressor como o vivido por ela nos torna vulneráveis ao desenvolvimento de problemas psicológicos, que se não forem tratados, podem incapacitar o indivíduo, ou até mesmo levar à ideação suicida. Assim como essa nota no jornal, a necessidade de tratamento acaba passando despercebida. Há alguns dias tem circulado na internet uma nota acerca de uma das mães dos meninos que foram fuzilados dentro de um carro pela PM. De acordo com ela, em uma depressão grave, Adriana Pires da Silva foi contida mais uma vez, pelos vizinhos, em uma tentativa de suicídio. Um evento estressor como o vivido por ela nos torna vulneráveis ao desenvolvimento de problemas psicológicos, que se não forem tratados, podem incapacitar o indivíduo, ou até mesmo levar à ideação suicida. Assim como essa nota no jornal, a necessidade de tratamento acaba passando despercebida.

No dia 28 de novembro de 2015, cinco jovens voltavam do Parque Madureira e resolveram lanchar, por volta das 23 horas, na favela Costa Barros quando foram vítimas de 111 disparos da PM, sendo 81 de fuzil e 30 de pistola. Esse é um exemplo do problema da violência enfrentado no nosso país. As maiores vítimas dela é a população jovem, negra e de baixa renda, segundo o mapa da violência de 2015. Tal grupo faz parte de uma faixa da população que é menos assistida pelos serviços de saúde, o que prejudica o acesso à informação e assistência psicológica.

Os danos não se restringem aos homicídios, roubos, sequestros. Como se não bastassem, todo ambiente social é atingido por esses elementos. E quanto mais próximos da vítima, maiores complicações os indivíduos podem desenvolver. Todavia, mesmo quando parentes e amigos são afetados psicologicamente pelo medo gerado pelas tragédias, poucos acabam tendo a consciência do real dano e da necessidade de tratamento. É comum, devido a isso, envolvidos na violência urbana se sentirem cada vez mais incapazes de lidar com tarefas diárias, que antes eram realizadas sem grande esforço. O humor pode ficar deprimido e lidar com situações que lembrem o evento estressor pode provocar um elevado grau de ansiedade, acompanhado de sensações corporais desconfortáveis. O Transtorno de Estresse Pós-Traumático, TEPT, pode estar presente em vítimas de violência urbana que se identificam com a descrição acima. Por isso, é muito importante a busca de um profissional de saúde mental para a realização de um diagnóstico. Seus sintomas são: lembranças recorrentes sobre o evento traumático que vem contra a vontade; dificuldades para dormir ou se concentrar; irritação ou inquietação; evitação de pensamentos, pessoas, lugares ou atividades que lembram o evento traumático; e alterações no humor e na maneira de pensar. Muitas pessoas com TEPT acabam recebendo o diagnóstico de depressão ou achando que é somente um humor deprimido, ou outro problema. Pode ser mais. Apesar disso, grande número delas não busca o tratamento ou tem muita dificuldade para falar sobre o trauma.

No entanto, há tratamento de qualidade em serviço público que tenta alcançar essa população afetada. Você pode encontrá-lo no Laboratório Integrado de Pesquisa e Estresse LINPES, na UFRJ (LINPES-UFRJ), onde há atendimentos com médicos e psicólogos. Caso se identifique com as descrições citadas, ou conheça alguém nessa situação, pode entrar em contato com a nossa equipe através do número 99656-4020, ou por email tepteviolenciaurbana@gmail.com.


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