Tomada de decisão e TEPT

“Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir.”

(Napoleão Bonaparte)

Quem nunca precisou decidir sobre algo? O que é tomada de decisão?

A tomada de decisão pode ser considerada uma função cognitiva fundamental para uma satisfatória interação do indivíduo com seu contexto social. Para isto, alguns fatores devem ser considerados como: a análise do objetivo e a avaliação dos procedimentos possíveis para o alcance do mesmo. A falta de planejamento pode levar o indivíduo a tomar decisões prejudiciais, agindo de modo precipitado, desconsiderando os fatores de risco, bem como o resultado de experiências anteriores.

A tomada de decisão tem importante papel no comportamento humano, e se encontra prejudicada em muitos distúrbios, diferindo conforme o diagnóstico psiquiátrico, dentre eles, o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Embora déficits na tomada de decisão não sejam um sintoma de TEPT, pacientes com este diagnóstico tem alterações cerebrais funcionais e estruturais, e prejuízos nas funções cognitivas que sugerem que a habilidade de tomar decisões está alterada

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Estudos iniciais que avaliaram a tomada de decisão emocional em pessoas com TEPT, tem levantado a hipótese de que esses indivíduos apresentam menor motivação para a realização de uma tarefa que representa uma situação do cotidiano, como também, menor ativação cerebral das áreas que envolvem o circuito de recompensa. Nos estudos disponíveis na literatura atual, a tarefa proposta a que nos referimos envolve ganhos e perdas monetárias. Em se tratando de pessoas com TEPT, os resultados sugerem que mesmo que sujeitos com este transtorno obtenham ganhos na realização da mesma, a resposta emitida pode ser aquém do esperado devido a uma falha no sistema de monitoramento de recompensa.

Apesar da literatura indicar que a tomada de decisão pode estar deficitária em pessoas com esse diagnóstico, há a necessidade de que mais pesquisas sejam realizadas para a avaliação desta função, uma vez que achados aprofundados e consistentes permitirão uma melhor compreensão global do transtorno, bem como um tratamento mais eficiente e adequado, seja ele comportamental e cognitivo, como também, farmacológico.